segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quem faz o Blogisticando...

Alunos do 1º Ciclo de Logística (turma 2/2011) Vespertino
Nosso Blog é inteiramente feito pelos alunos do 1º ciclo vespertino de Logística da Fatec Rubens Lara, em Santos. 


Álvaro Camargo Prado, Gisele Esteves Prado e Gerson Prando
O Blogisticando (nome criado pelos alunos da turma do segundo semestre de 2011) faz parte do Projeto de Interdisciplinaridade de Logística (PIL) da Fatec RL, foi iniciativa do professor Álvaro Camargo Prado, o Coordenador do curso, e é orientado pelos professores Gerson Prando (informática) e Gisele Esteves Prado (Comunicação e Expressão).

Temos dois alunos que são coordenadores para quaisquer assuntos relacionados à visualização, postagens e todas as partes técnicas. São eles: Fabiano Fernandes Barra Evangelista e Jonatas Cabral Gomes Camilo da Silva.

A proposta das postagens é sugerida semanalmente pela professora Gisele, os grupos pesquisam, reescrevem e adequam a linguagem para o blog e têm a obrigatoriedade de fazer uma postagem por semana. Desta forma, diariamente o Blog é alimentado com uma postagem nova.

A parte visual e técnica do Blog fica por conta do professor Gerson que ministra as aulas de informática. A sala é dividida em 7 grupos:

Grupo Azul

Allan da Silva Rodrigues
Daniel Augusto Storti Prates
Natália Diniz Barros
Paolo Daniel Carlos H. F. de Oliveira
Simone da Silva Lima

Grupo Branco

André Peres Ribeiro
Bruno Leonardo Pricoli
Jhulian Madson Fechine de Figueiredo
Leonardo Aguiar de Oliveira
Luiz Antonio dos Santos Júnior
Victor Thadeu Marques Martins

Grupo Laranja

Anny Carollinny
Fabiano Fernandes Barra Evangelista
Michael Diego da Silva Freitas
Robson Alves de Carvalho
Tamiris Garcia de Santana
Yuji Okida Uesugui

Grupo Lilás

Ana Carolina de Sá Barreiros
Bianca Correia Avolio
Juliana Nunes Brocco

Grupo Preto

Aline Aguiar Gonzalez
Eduardo André de Carvalho
Izabella Restivo Simões Paiva
Matheus Martins Neto Nunes
Paulo Fernando Furquim de Almeida

Grupo Verde

Alexandre Ribeiro Tavares
Caio Vidotto Antonio
Fernando de Oliveira Moraes
Mariane Almeida Cenedesi
Vinícius da Silva B. de Albuquerque

Grupo Vermelho

Camila Soares de Oliveira
Jonatas Cabral Gomes Camilo da Silva
Marcelly de Matos Oliveira
Maria Chaves da Silva
Regina Célia dos Santos Bezerra
Tatiane Palmarin Lamas

Desde sua inauguração, em 11/10/2011, já foram feitas 20 postagens e já estamos na marca de 1.250 visualizações. Podemos já considerar nosso inovador projeto um sucesso.

Parabéns ao coordenador do curso pela proposta, aos professores pela orientação cuidadosa e principalmente aos alunos que fazem o projeto tornar-se realidade.

Professora Gisele Esteves Prado
Comunicação e Expressão

Consolidação e Desconsolidação de Cargas



O ato de Consolidação e Desconsolidação é uma forma de agilidade e redução de frete da empresa.


Consolidação é o ato de acondicionar mercadorias diferentes de um ou vários usuários que contenham o mesmo destino e tratá-las como sendo uma só. Este serviço é oferecido pelo agente consolidador de carga (freight forwarder), ele é quem emite os conhecimentos de embarque, conhecidos como house (filhote), e a mercadoria consolidada é embarcada sob um conhecimento geral, o master. Em que, master é o contrato entre o transportador e o agente de cargas e house é entre este e o embarcador.

Estes conhecimentos são diferentes conforme o meio de transporte:

- Bill of Lading (BL): conhecimento marítimo;

- Air Waybill (AWB): conhecimento aéreo;

- Road Waybill: conhecimento rodoviário;

- Rail Waybill: conhecimento ferroviário.



Estes conhecimentos são reunidos em manifestos e, neles estão relacionados todos os conhecimentos de mesma origem e destino. Eles também identificam os números de conhecimentos, consignatários e mercadorias, identifica o veículo e sua origem.

Todas as cargas embarcadas após o encerramento do manifesto, mas que possuam o mesmo destino, são registradas no manifesto complementar.

Após a mercadoria chegar ao destino ocorre a desconsolidação da carga, ou seja, ocorre a separação das mercadorias.





Grupo Lilás

domingo, 30 de outubro de 2011

O que é e quais são os Tipos de Contêineres

Contêineres são caixas construídas em diversos materiais para se fazer transportes de mercadorias. Cada material serve para um tipo de mercadoria ou tipo de transporte; pode ser usado no transporte terrestre, marítimo ou aéreo. Eles são indentificados com marcas do proprietário, local de registro, número, tamanho e tipo.

As medidas dele são referentes à parte de fora da caixa já que muitas vezes a medida de dentro não é a mesma que a de fora.

Os contêineres são equipamentos indispensáveis para o transporte internacional, trazendo maior segurança para a carga e facilidade de manuseio.

As unidades de medida utilizadas no sistema internacional padronizado são pés (') e polegadas ('') no inglês feet e inches respectivamente.

Tipos de Contêineres:

Dry Box: É o contêiner mais usado e foi o primeiro a ser criado.
É um contêiner totalmente fechado com portas somente nos fundos e é adequado para transportar cargas secas, como roupas, móveis, calçados, etc.

Dry Box

Bulk Container: É um contêiner totalmente fechado, com aberturas no teto. É usado para transporte de cargas como produtos agrícolas.
Bulk Contêiner

Ventilated: Esse tipo de contêiner é utilizado para cargas que necessitam de circulação de ar.
Ventilated
Reefer: É totalmente fechado com portas no fundo. É apropriado para cargas que necessitam de controle de temperatura.
Exemplo de cargas transportadas em contêiner Reefer: leites, congelados em geral.

Reefer

Open Top: É um contêiner sem teto. É utilizado para embarcar cargas que tem dificuldade de entrar pela porta dos fundos, devido a sua altura.
Open Top
Half Height: É um contêiner sem teto. É utilizado para transportar minérios.
Half Height

Open Side: Esse tipo de contêiner não tem uma parede lateral, pois é um contêiner adequado para cargas que excedem a largura.
Open Side


Open Side
Flat Rack: Contêiner sem as paredes laterais e sem teto. É adequado para cargas pesadas e grandes.
Flat Rack

Tank: Contêiner tanque, próprio para transporte de líquidos em geral.
Tank

* Existem dois tipos de classificação de containers: "20" (6 metros) e "40" (12 metros). Padrão Marítimo.
Fontes:
http://www.cursosnocd.com.br/logistica/o-que-e-um-container.htm 
http://transaex.com.br/dicas.php?acao=15 
http://inboundlogistica.blogspot.com/2010/03/tipos-de-containers.html 

Grupo Preto

sábado, 29 de outubro de 2011

Transporte Marítimo e Tipos de Navios



O Transporte Hidroviário-Marítimo é o modal mais utilizado no comércio internacional. É uma atividade que se limita à movimentação de cargas entre diferentes portos e regiões do mundo, utilizando navios de diferentes tipos e dimensões. Como todos os modais de transporte, o marítimo tem vantagens (Maior capacidade de carga; Carrega qualquer tipo de carga; Menor custo de transporte) e desvantagens (Necessidade de transbordo nos portos; Distância dos centros de produção; Maior exigência de embalagens; Menor flexibilidade nos serviços aliados a frequentes congestionamentos nos Portos). Este meio de transporte tem um papel importante para o comércio interno e externo, já que seu custo pode ser até 3 vezes menor que o ferroviário e 8 vezes menor que o rodoviário.

Existem dois tipos de marinhas, a marinha de guerra e a marinha mercante. A marinha de guerra é o conjunto de recursos navais, materiais e humanos que têm o objetivo de defender um país e a manutenção da segurança do comércio marítimo. A marinha mercante é o conjunto de navios, portos, estabelecimentos e tripulações que permitem o transporte marítimo de mercadorias e passageiros. 

Listaremos a seguir os principais tipos de navios utilizados na marinha mercante.


Navios de Carga Geral/Cargueiros: São os navios que transportam vários tipos de cargas, geralmente em pequenos lotes. Têm aberturas retangulares no convés principal e cobertas de carga chamadas escotilhas de carga, por onde a carga é embarcada para ser estivada nas cobertas e porões.


Navios de Passageiros: São os navios que têm a finalidade única de transportar pessoas e suas bagagens. Pode ser para viagens normais como para cruzeiros turísticos. Possuem uma estrutura voltada ao lazer, como restaurantes de luxo, cassinos, bares, cinema, boate, lojas, piscina, salão de jogos e ginástica, etc.




Navios Porta Contêineres: São os navios semelhantes aos navios de carga geral, mas normalmente não possuem além de um ou dois mastros simples sem paus de carga. As escotilhas de carga abrangem praticamente toda a área do convés e são providas de guias para encaixar os contêineres nos porões. Alguns desses navios apresentam guindastes especiais.





Navios Graneleiros: Navio especializado no transporte de mercadorias a granel (Açúcar, Soja e Ferro) e subdividem-se em alguns tipos como: OBO (Ore, Bulk, Oil) transporta alternado de mercadoria seca, hidrocarbonetos ou minério a granel; (Ore Bulk) transporta mercadorias pesadas (minério) e o (Dry Bulk) transporta mercadoria seca a granel.



Navios Gaseiros: São os navios destinados ao 
transporte de gases liquefeitos. Caracterizam-se por apresentarem acima do convés principal tanques típicos de formato arredondado.






Navios Químicos: São os navios parecidos com os gaseiros, transportando cargas químicas especiais, tais como: enxofre líquido, ácido fosfórico, soda cáustica, etc.







Navios Tanque/Petroleiros: São navios construídos com a finalidade de transportar granéis líquidos e possuem equipamentos para bombear a carga para dentro e para fora de bordo.







Navios de Operação por Rolamento (Roll-on Roll-off): São navios próprios para o transporte de veículos, principalmente automóveis. Estes navios possuem rampas que dão acesso direto do cais ao porão ou convés. Desta forma, os veículos podem ser embarcados e desembarcados com os seus próprios movimentos, propiciando uma economia nas despesas de embarque e desembarque.


Navios Porta-Barcaça (LASH - Lighter Aboard Ship): São navios que em seu interior transportam barcaças (Embarcação de fundo chato, reforçada, usada para transportar grandes quantidades de cargas). Este navio foi projetado para operar em portos congestionados. Quando o navio chega às imediações do porto, porém sem atracar, descarrega as barcaças na água e estas são rebocadas para um atracadouro especial onde a mercadoria é retirada e depositada nos armazéns do cais do porto.


Navios Rebocadores: São os navios utilizados para puxar, empurrar e manobrar todos os tipos de navios. Geralmente utilizados para manobras de grandes navios na zona portuária e canais de acesso aos portos. Pode também socorrer navios em alto-mar, rebocando-os para zonas seguras e puxar navios encalhados em bancos de areia. Apesar de pequenos, possuem grande potência de motor.

Fontes:
http://www.abreti.org.br/beta/tipos_navios.php
http://www.comextrade.com.br/pdf/tipos_de_navios.pdf
http://www.equipelog.com.br/TiposNavios.htm
http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo4A/marinhamercante.htm
http://www.ietec.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/670
http://www.fiesp.com.br/infra-estrutura/pdf/modais-transporte.pdf
Grupo Verde

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Centros de Distribuição: o que são? e para que servem?



O Centro de Distribuição - diferente do armazém geral - tem como finalidade gerenciar o fluxo de produtos e informações associadas, de modo que possa contribuir para a redução das distâncias, diminuindo os prazos de entrega, contribuindo para o atendimento das necessidades dos consumidores. 

Com o fim do ambiente inflacionário, as empresas evidenciaram a ineficiência de seus processos e perceberam imediatamente o reflexo pelos altos custos de produção e grandes desperdícios envolvidos na distribuição de seus produtos. A competição se tornou mais agressiva pela globalização dos mercados, pela diversidade dos produtos e pelo novo perfil do consumidor. Estes fatores estão provocando grandes mudanças nas organizações, fazendo as empresas reverem sua estratégia competitiva. Para tanto, as empresas estão optando cada vez mais pelo uso de centros de distribuição, objetivando a garantia de entrega rápida e eficaz, para, consequentemente, reduzir custos e combater desperdícios. Esse cenário reflete as múltiplas vantagens de centralizar os processos de recebimento, estocagem, separação de pedidos, embalagem e expedição, contribuindo para a redução dos custos totais em logística. 

Um CD constitui um dos mais importantes e dinâmicos elos da cadeia de abastecimento, o CD é um armazém cuja missão consiste em gerenciar o fluxo de materiais e informações, consolidando estoques e processando pedidos para a distribuição física. Ele pode manter o estoque necessário para controlar e equilibrar as variações entre o planejamento de produção e a demanda; permite acumular e consolidar produtos de vários pontos de fabricação de uma ou de várias empresas, combinando o carregamento para clientes ou destinos comuns; possibilita entregas no mesmo dia a clientes-chave e serve de local para a customização de produtos, incluindo embalagem, etiquetagem e precificação, entre outras importantes atividades. 

A implementação de um Centro de Distribuição pode racionalizar os níveis de estoques contribuindo para a redução do custo logístico total, pois o estoque centralizado permite acompanhar melhor os níveis de estoque e controlar as necessidades de reabastecimento. 

Conforme Moura (2002), a principal finalidade de reabastecimento dos CDs consiste em oferecer melhores níveis de serviço ao cliente, por meio da redução do lead time (tempo de ressuprimento) pela disponibilidade dos produtos o mais próximo do ponto de venda, na localização geográfica junto ao principal mercado consumidor, oferecendo condições para agilizar o atendimento dos pedidos. Dessa maneira, aumenta-se a frequência de pedidos, reduzindo os volumes e minimizando os custos de inventário, o que acaba contribuindo para a redução dos custos totais de logística e proporciona melhores níveis de serviço, colocando a empresa tomadora de serviço em um novo patamar de competitividade. 

De acordo com Drucker (2002), a logística é a última fronteira na busca de vantagem competitiva real, portanto, o uso de centros de distribuição permite a exploração de novos mercados, aumento do market share e consequentemente conquistar uma posição única e sustentável, garantindo a participação em um mercado cada vez mais concorrido, exigente e atualizado com as necessidades de seus clientes.


Fontes:
Grupo Branco

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pós Graduações em Logística e Supply Chain - A Caminho do Crescimento Qualitativo




A década de 1990 foi marcada por eventos que pressionaram as empresas a buscar um maior nível de qualificação na área de logística. O que antes era considerada uma atividade necessária, mas geradora de custos; hoje é vista como vantagem competitiva para empresa, uma área onde vale a pena investir.

Nos últimos cinco anos, cresceu o número de cursos em diferentes níveis educacionais. Não há muitas opções de níveis técnicos e bacharelado em logística, porém, existem muitas opções de pós-graduação, principalmente na modalidade Lato Sensu, que é uma especialização em que, em algumas instituições, o corpo docente não precisa de formação acadêmica (mestrado e doutorado).

O foco principal dos cursos de pós graduação em logística e SCM (Supply Chain Management) está voltado para o operacional deixando de lado o desenvolvimento do conhecimento, no qual deveria ser feito maior investimento, fator que ainda deve ser melhorado, segundo o professor-doutor Orlando Fontes Lima Junior, responsável pela Especialização em Gestão da Cadeia de Suprimento e Logística do LALT/Unicamp.

De acordo com o Ph.D. Alexandre Rodrigues, professor de SCM do Coppead, os cursos de pós-graduação estão mais alinhados com o nível educacional encontrado no exterior com maior enfoque em discussão de casos empresariais, utilização de tecnologias de informação e automação, tendo o profissional como grande desafio aplicar todo esse referencial teórico e prático à realidade do país.

Os cursos de pós-graduação passaram por uma revisão em três eixos principais: a discussão do alinhamento estratégico da logística em relação à estratégia global da empresa; a visão de sistemas colaborativos de gestão; e o ajuste das capacidades e níveis de estoques das organizações em função da necessidade e variação da demanda, conforme afirma o professor Alexandre Guimarães, da Fundação Dom Cabral.

Em geral os cursos enfatizam as funções de transporte e armazenagem, negligenciando os conceitos modernos de logística integrada e com isso falta ao profissional um nível de maturidade  dentro de uma visão integrada, relata o professor.

Em foco, professores e alunos


No Brasil o ensino da logística e SCM está defasado quando comparado a países europeus e aos Estados Unidos. Em função do grande interesse que a logística despertou, surgiram inclusões de disciplinas em outros cursos desde que haja uma integração com a cadeia de suprimentos.

Porém, segundo o raciocínio do professor-doutor Hugo Tsugunobu Yoshida Yoshizaki, coordenador do curso de Especialização em Logística empresarial da Escola Politécnica da USP/Fundação Vanzolini, considerando que os professores lecionam em áreas tradicionais de negócios, com ampla experiência, mestrado e/ou doutorado, mesmo assim existe uma necessidade de contratação de profissionais atualizados com o que há de mais moderno no mercado para lecionar disciplinas específicas de logística.

Por causa do pequeno número de profissionais formados com mestrado e doutorado na área, ocorre a falta de uma visão integrada da logística, assim sendo, a atualização se faz com o  intercâmbio de informações por meio de experiências em conferências e seminários especializados, em função do estreito laço entre a comunidade empresarial e de cursos de especialização avançados no Brasil e exterior.

Sérgio Bio, coordenador didático pedagógico do MBA e do Logicon/FEA USP, diz que pode-se dividir os alunos em grupos, sendo eles: os focados no pensar, que sentem-se pressionados a voltar aos estudos para ter embasamento e desenvolver reflexões a cerca de decisões e os focados no agir, esses estão nos cursos para cumprir tabela e o resultado é de pouco aproveitamento.

O caminho a ser percorrido

Uma maior utilização da TI (Tecnologia da Informação), com uso de softwares e análise estratégica se destacaram no ensino da logística assim como políticas de relacionamento, mas temos um grande desafio que é adaptar todo conteúdo holístico da logística integrada às peculiaridades de nosso país.

O Brasil no banco das escolas Americanas e Europeias


A sinergia com outros países e a Fundação Getúlio Vargas, por exemplo, recebe anualmente alunos vindos dos Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia. Com isso, as instituições pegam carona na globalização e firmam acordos com universidades americanas, europeias e mais recentemente asiáticas, lançando mão de convênios e viagens técnicas. Esse esforço é avaliado como positivo.

Os cursos carecem de corpo docente com visão menos funcional e melhor remunerado, com livros de autores nacionais (e não apenas traduções), adaptação à realidade nacional.

“Nos Estados Unidos existem centros tradicionais de ensino da logística e SCM, nas escolas de negócios de primeira linha na Europa, os cursos gerenciais básicos obrigatórios”, diz o Ph.D. Alexandre Rodrigues, professor de Supply Chain Management do Coppead. No exterior o rigor acadêmico se reflete na qualidade das monografias; a utilização de metodologias e recursos mais avançados para suportar o ensino: com títulos específicos da área, docentes melhor qualificados, utilização de tecnologia de informação, entre outros.

O professor Darli Rodrigues Vieira, Ph.D. e coordenador do MBA em Gerência de Sistemas Logísticos da (UFPR), diz que as escolas da Europa e Estados Unidos dedicam mais tempo à pesquisa e ao desenvolvimento.
Segundo Alexandre Guimarães, enumera boas práticas e ferramentas aplicadas no País e que se destacam. A gestão de estoques com demandas erráticas; as situações adversas de mercado que nossos profissionais são capazes de administrar; a diversidade de soluções criativas surgidas por causa das limitações de infraestrutura como as poucas alternativas na escolha de prestadores de serviços logísticos e modais de transporte; menor nível de mecanização e automação; complexa legislação tributária (como o efeito do ICMS em decisões de localização logística) e um mercado consumidor menos refinado quando comparado aos países altamente industrializados da América do Norte e Europa.

Remuneração na Área de Logística

Os profissionais que atuam na área de Logística são responsáveis por planejar, negociar, adquirir, guardar e distribuir produtos em forma de matéria-prima e de produto acabado. Estes profissionais atuam com base em rigorosas regras, desde o começo da linha de produção com a matéria-prima bruta até o produto com o consumidor final.

Empresas que possuem esta área bem estruturada, funcionando em conformidade com rigorosos padrões de qualidade, contribuem para a organização na busca pela fidelização do cliente. Acompanhe alguns exemplos de valores mínimo, médio e máximo de remuneração praticados pelas empresas localizadas na grande São Paulo para os profissionais que atuam nas áreas de Compras, Expedição, Materiais e Logística.


BANCO DE SALÁRIOS: MILLENNIUM RH - FEV/ 2011


Fonte: Revista Mundo Logística – Edição 19 – De Novembro/2011 
Baseado em artigo de Luiz Carlos de Almeida é o gerente de Pesquisa Salarial do Grupo Catho, responsável pela coluna no jornal virtual Carreira & Sucesso. Tem 25 anos de experiência na área de Cargos e Salários em empresas como Unibanco, Rhodia, Metal Leve e Prodesp, entre outras.

Fonte: REMUNERAÇÃO NA ÁREA DE LOGÍSTICA – Seu Salário - Jornal Carreira e Sucesso


GRUPO VERMELHO

Simulação - A inovadora tecnologia no planejamento eficiente de CDs

Figura 1 - Centro de Distribuição
As empresas têm investido muito na parte de distribuição e nos dias de hoje vemos com mais frequência o anuncio de novos CDs que estão sendo totalmente modificados e modernizados. E nós sabemos que para essa mudança dar certo é preciso muita pesquisa e planejamento. Mais a questão é: Será que essa mudança está sendo feita com base em dados precisos e certeiros? A seguir veremos as diferentes formas de planejamento de operações e o diferencial de cada empresa para alcançarem o sucesso.

Sempre que surgem projetos de modernização ou melhorias em CDs, sempre surgem questões como:

· Será que o volume produzido é suficiente?

· Existe alguma forma de economizar na matéria prima?

· Como aumentar a produtividade?

Mudanças sempre envolvem riscos. E para diminui-lo a única maneira é fazer um estudo detalhado sobre a tecnologia adotada para essas mudanças. Mais não é oque normalmente acontece. Muitas empresas não tem investido tanto em pesquisas e estatísticas, oque ocasiona no futuro mais custos, por causa do tempo gasto em pesquisas, quando na verdade tudo poderia ser mais simplificado e focado nos reais problemas a serem solucionados, assim evitando mais prejuízos.

Análise Estática x Análise Dinâmica

Normalmente as empresas utilizam planilhas estáticas (ex: Excel) para dimensionar sua produtividade, recursos, capacidade de estoque, etc. Oque pode ocasionar erros que mais pra frente irão afetar os resultados da empresa.

Como a operação de um CD apresenta uma grande complexidade, analisar seus resultados com base em planilhas, limitam seus resultados.

Com uma simulação seria possível analisar os resultados de várias interações ao longo do tempo. Considerando o efeito probabilístico da ocorrência de eventos, frequência e duração.


Planilha Estática



Simulação Análise Dinâmica



A produtividade

No caso da análise estática o dado de entrada é a produtividade usado para dar base na dimensão de recursos que serão necessários, como: Quantidade de operadores, empilhadeiras, área de armazenagem, etc. Mas se alguma das entradas for alterada, e com essa mudança surgir um gargalo na operação do CD, toda produtividade será afetada.

Por outro lado, na análise dinâmica com simulação, se a quantidade de recursos ou equipamentos for alterada, isso afetará a produtividade. Ou seja, dessa forma, dependendo das condições o modelo irá responder qual é a produtividade resultante.

Benefícios do uso da simulação

Um exemplo de empresa que já desenvolveu diversos projetos de simulação em CD é a Belge Engenharia. Entre os vários benéficos, foram constatados também:

· Um aumento de até 40% na capacidade de expedição

· Nenhum trabalho precisou ser refeito

· Diminuição de até 30% na mão de obra extra

· Melhoria dos fluxos e racionalização de recursos

Fonte: Revista Mundo Logística – Edição 22 – de Maio/2011 – págs: 72 a 76
Baseado no artigo de Marcelo Koiti Fugihara

GRUPO PRETO

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cuidado com o Vocabulário da Logística

Frequentemente escutamos frases ou lemos: “Estas soluções minimizam os custos logísticos; “Com esta proposta conseguimos otimizar o seu canal de distribuição” ou este projeto permitirá que sua empresa desenvolva a logística integrada. Mas estariam bem ditas ou escritas tais afirmações ou estaríamos criando confusões em sua utilização? Este artigo tem como objetivo analisar como a forma que alguns termos e expressões têm sido utilizados na Logística Empresarial. O uso de cada palavra ou expressão tem como objetivo tornar de forma clara as informações, tomando cuidado para os novos termos que venham a ser utilizados agreguem um significado sem limitar os que já existem.


O Papel da Logística na Empresa


Com passar do tempo o ambiente de negócios tem passado por mudanças rápidas, o que tem impactado na gerência das organizações. A logística com parte da gestão empresarial não tem escapado deste contexto.

A evolução de novos adjetivos, tem provocado confusões conceituais, compromentendo o conteúdo essencial da área. Um dos reflexos deste contexto é o esquecimento de que a logística é parte da organização e não um elemento isolado. De forma específica a gestão empresarial representa toda a corporação e para ter uma administração competitiva estrutura-se em várias áreas distintas, sendo a logística um desses pilares conforme ilustrado na figura 1. De nada adiantaria se uma empresa fosse detentora de um marketing referencial, produtos de excelente qualidade e uma logística desestruturada não permitindo que o produto esteja no local e no momento certo garantindo suas características exigidas pelo mercado.

Ou seja para uma organização ter sucesso precisa ter a participação das diferentes áreas da estrutura as quais devem se alinhar (organizar, estruturar ou até subordinar) em função da gestão empresarial, onde estabelece a visão, missão e estratégia da empresa.


Figura 1 - A Logística como parte da Gestão Empresarial


Logística Integrada 

O uso de adjetivos se tornou algo muito comum, nos mais diversos conceitos ligados a gestão. Porém, é necessário tomar muito cuidado ao fazê-lo. Por exemplo, ao dizer que uma empresa está desorganizada, entendemos que há empresas organizadas. Quando falamos “fluxo de caixa negativo” confirmamos que existem empresas com fluxo de caixa positivo, mas quando falamos de logística integrada, não estamos afirmando que existe logística não integrada.

Entretanto se verificarmos os conceitos das autoridades da logística, que posicionam a logística sem o adjetivo “integrada” temos as seguintes afirmações que por si só incorporam este termo a sua definição. Por exemplo “A logística é a gestão de fluxo entre as funções de negócio (DORNEIR, at al, 2000, p.39). Seria possível gerenciar fluxo de material de forma eficaz sem integrar as várias funções que acompanham o fluxo?

Martin Cristopher, outro autor renomado da área, afirma que “a logística é essencialmente a orientação e a estrutura de planejamento que procura criar um plano único para o fluxo de produtos e informação ao longo de um negócio”(CRISTOPHER, 2007, p.4). Esse “plano único” refere-se à integração.

O Concil of Supply Chain Management and Professionals (CSCMP), umas das conceituadas organizações de logística afirma que {...} a gestão logística é uma função de integração que coordena e otimiza todas as atividades logísticas, bem como integrada suas atividades em outras funções, incluindo marketing, vendas, manufatura, finanças e tecnologia da informação” (CSCMP, 2010). Para que a eficácia de um sistema seja alcançada é necessária a integração e sincronização destes elementos.

A não integração das atividades de logística e desta com outras funções da empresa, significa que a logística não está completa. Ou seja a logística é composta de armazenagem, transporte e gestão de estoque, mas o que caracteriza é a integração dessas atividades.


Otimização: minimização de custos e maximização de lucros. Será mesmo? 

Outro aspecto a ser considerado é a utilização , de forma até abusiva o termo “otimização”. Ela vem sendo utilizada sem respeitar o verdadeiro sentido que ela expressa. Otimizar é encontrar o que há de ótimo em algo, tanto como maximização (encontrar o máximo) e minimização (encontrar o mínimo). Todas essas palavras servem para indicar o que se pode conseguir de melhor em certas áreas da empresa, como minimização do estoque, maximização do lucro, do nível de serviços, entre outros. Seria demonstrar a perfeição dentro das condições existentes em seu trabalho. Mas para isso, teria que ser feita um estudo quantitativo dessas condições, para saber se isso foi realmente investido para melhoria da empresa, ou apenas para melhorias imediatas. Estes métodos quantitativos, conhecido como Pesquisa Operacional (PO), se utilizam da matemática para ajudar na melhoria de decisões empresa.

Quando se fala no máximo ou no mínimo está implícito que não existe uma solução melhor seja a solução encontrada é provada matematicamente como a melhor das soluções possíveis (COELHO,2007).

Abordamos aqui dois temas: um deles se refere ao papel da logística nas organizações e o outro refere-se ao vocabulário utilizado na área: o termo “logística integrada” e “otimização”. Estes termos têm sofrido distorções especialmente por formadores de opinião. 

O termo logística integrada, por exemplo, faz parecer que o termo logística por si só está aquém do seu verdadeiro significado, uma vez que a logística é obrigatoriamente integrada, pois não existe uma logística eficaz se esta não for totalmente integrada a todos os demais setores da organização. Desta feita o termo logística integrada acabaria sendo redundante e totalmente desnecessário.

Fonte: Artigo Publicado na Revista Mundo Logística - Edição 22 de Mai/2011 - págs 16 a 19
Baseado no artigo de:
Carlos Manuel Taboada Rodriguez
Neimar Follmann


Grupo Azul