A logística reversa é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem. Desta forma, contribuindo para a consolidação de um conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. Apesar de ser um tema extremamente atual, esse processo já
podia ser observado há alguns anos nas indústrias de bebidas, com a
reutilização de seus vasilhames, isto é, o produto chegava ao consumidor e
retornava ao seu centro produtivo para que sua embalagem fosse reutilizada e
voltasse ao consumidor final.
Logística reversa na indústria Água Mineral Timbu
A indústria paranaense Água Mineral Timbu aplica
a logística reversa em praticamente 100% dos seus materiais. Segundo a diretora
da empresa, Maria Alice Silveira Carneitro, a empresa não joga nada fora.
"Ou é reutilizado, ou devolvido para os fornecedores ou encaminhado para
reciclagem", comemora.
Pequenas atitudes, muitas vezes iniciativas dos
funcionários, chamam a atenção. Com uma receita encontrada na internet, os
funcionários da empresa desenvolveram uma vassoura de garras PET. Além de usar
um material que seria jogado no lixo, a vassoura é ótima e está sendo usada
todos os dias dentro da Timbu.
Caminhando pela fábrica, que fica em Almirante
Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, é possível perceber o
reaproveitamento de materiais. Os lixos espalhados pelo terreno são feitos de
galões vencidos, cortados e pintados. Os sacos de lixo são os plásticos nos
quais os galões vem embalados.
Em uma pequena casa, uma garrafa PET com água e
cloro foi colocada no telhado, fazendo com que a luz entre naturalmente na casa
e gere economia de energia. Um espaço exclusivo é destinado ao lixo reciclável.
Uma vez por mês, uma empresa de reciclagem vai até o local recolher o material.
A empresa ainda recolhe óleo de cozinha dos
funcionários e devolve barras de sabão feitas com o material. Segundo Maria
Alice, os colaboradores da fábrica estão acostumados com as ações e trazem
sugestões sempre que encontram. "Se cortarmos apenas a rosca das tampas
das garrafas PET, podem servir para lacrar pacotes de bolacha e sacos de
farinha, por exemplo. São boas ideias que colaboram com o dia a dia e com o
planeta", afirma.
A empresa realiza parcerias com seus fornecedores
para devolver o material usado em embalagens e receber um desconto na próxima
compra. Por exemplo, os plásticos que envolvem os protótipos das garrafinhas
PET são devolvidos para o fornecedor para embalar novamente. As caixas de
papelão são usadas como divisórias para armazenar o estoque. Os papeis usados
no escritório são usados frente e verso, ou picotados e encaminhados para
reciclagem.
No lago no terreno da empresa, um funcionário
construiu um deque com galões de 20 litros vencidos. Agora, os colaboradores
vão testar outra receita: construir um aquecedor de água com garrafas PET? Quando ficar pronto, a ideia é testar na própria empresa e se der certo,
podemos ampliar para a residência dos funcionários?, explica a diretora.
Fontes:
GRUPO LARANJA
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