terça-feira, 22 de maio de 2012

A Logística Reversa da água


A logística reversa é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem. Desta forma, contribuindo para a consolidação de um conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. Apesar de ser um tema extremamente atual, esse processo já podia ser observado há alguns anos nas indústrias de bebidas, com a reutilização de seus vasilhames, isto é, o produto chegava ao consumidor e retornava ao seu centro produtivo para que sua embalagem fosse reutilizada e voltasse ao consumidor final.

Logística reversa na indústria Água Mineral Timbu

A indústria paranaense Água Mineral Timbu aplica a logística reversa em praticamente 100% dos seus materiais. Segundo a diretora da empresa, Maria Alice Silveira Carneitro, a empresa não joga nada fora. "Ou é reutilizado, ou devolvido para os fornecedores ou encaminhado para reciclagem", comemora.
Pequenas atitudes, muitas vezes iniciativas dos funcionários, chamam a atenção. Com uma receita encontrada na internet, os funcionários da empresa desenvolveram uma vassoura de garras PET. Além de usar um material que seria jogado no lixo, a vassoura é ótima e está sendo usada todos os dias dentro da Timbu.

Caminhando pela fábrica, que fica em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, é possível perceber o reaproveitamento de materiais. Os lixos espalhados pelo terreno são feitos de galões vencidos, cortados e pintados. Os sacos de lixo são os plásticos nos quais os galões vem embalados.

Em uma pequena casa, uma garrafa PET com água e cloro foi colocada no telhado, fazendo com que a luz entre naturalmente na casa e gere economia de energia. Um espaço exclusivo é destinado ao lixo reciclável. Uma vez por mês, uma empresa de reciclagem vai até o local recolher o material.

A empresa ainda recolhe óleo de cozinha dos funcionários e devolve barras de sabão feitas com o material. Segundo Maria Alice, os colaboradores da fábrica estão acostumados com as ações e trazem sugestões sempre que encontram. "Se cortarmos apenas a rosca das tampas das garrafas PET, podem servir para lacrar pacotes de bolacha e sacos de farinha, por exemplo. São boas ideias que colaboram com o dia a dia e com o planeta", afirma.

A empresa realiza parcerias com seus fornecedores para devolver o material usado em embalagens e receber um desconto na próxima compra. Por exemplo, os plásticos que envolvem os protótipos das garrafinhas PET são devolvidos para o fornecedor para embalar novamente. As caixas de papelão são usadas como divisórias para armazenar o estoque. Os papeis usados no escritório são usados frente e verso, ou picotados e encaminhados para reciclagem.
No lago no terreno da empresa, um funcionário construiu um deque com galões de 20 litros vencidos. Agora, os colaboradores vão testar outra receita: construir um aquecedor de água com garrafas PET? Quando ficar pronto, a ideia é testar na própria empresa e se der certo, podemos ampliar para a residência dos funcionários?, explica a diretora.





GRUPO LARANJA

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