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Conforme
aumenta a complexidade das operações (mais fornecedores, clientes e itens),
aumenta também a importância do gerenciamento dos processos. Deve-se monitorar
a mudança na realidade operacional do CD para modificar os processos de forma
correspondente. Usar os mesmos processos antigos para uma operação que cresce
em complexidade somente levará a um maior índice de erros, baixa produtividade
e atraso nas entregas.
A seguir
estão 3 áreas de processos que devem ser monitoradas e podem levar a uma
operação mais eficiente com sua equipe e tecnologia atuais.
1.
Entrada de Materiais
Se a área
de recebimento é um gargalo, é necessário encontrar a causa raiz. A
ineficiência na entrada multiplicará seus efeitos ao longo da operação, e as
outras áreas sempre terão que correr atrás do prejuízo. Ao cometer erros na
entrada de materiais, a pressão aumenta nas fases seguintes e aumenta também o
risco de mais erros adiante. O resultado final são custos maiores e uma má
qualidade de serviço para seu cliente.
O CD deve
ter processos documentados detalhadamente nestas áreas:
- Agendamento da chegada de materiais – para evitar picos de trabalho deve-se ter um processo que coordene a chegada de materiais de forma distribuída ao longo do período de trabalho
- Planejamento de
Pré-Recebimento e Documentação – deve-se definir quais processos podem ser
realizados antes da chegada do material, e a documentação que deve ser
preparada previamente.
- Procedimentos de Chegada e
Descarga de Veículos – detalhar estes procedimentos evitará erros de
colocação e danos aos materiais, além de aumentar a segurança (física e
contra roubos)
- Procedimentos de Controle de
Qualidade – as atividades de controle da qualidade devem seguir
estritamente os padrões definidos. Estes padrões devem ser documentados e
seguidos nos procedimentos de entrada.
Deve avaliar
também se os procedimentos estão sendo seguidos. Assegure que os funcionários
estão bem treinados e sabem que serão beneficiados (financeira ou
profissionalmente) com a eficiência dos processos de entrada.
2.
Picking
O picking
(coletar os itens do pedido no armazém) é normalmente a atividade de maior
custo na operação de um CD. Portanto, até melhorias incrementais gerarão
benefícios na produtividade como um todo. O principal componente do tempo de
picking é a distância percorrida pelos funcionários para coletar os itens. Ao
definir processos que reduzam as distâncias percorridas, podem-se obter
melhorias consideráveis na produtividade da operação.
Alguns
processos que podem ser implementados com este objetivo são:
- Análise ABC, para definir os
itens com alta, média e baixa rotatividade, e redistribuir o layout de
materiais para que os de maior rotatividade fiquem mais próximos entre si
e à saída de materiais.
- Usar “flow racks” para itens pequenos, que podem
estar ocupando espaços de pallets normais, aumentando o espaço ocupado e
as distâncias entre os materiais.
- Para itens de baixa
rotatividade, usar armazenagem e picking multi-nível, que otimizará o
espaço no armazém e reduzirá as distâncias percorridas.
- Para pedidos de baixo
volume, usar “batch picking”. Este sistema faz com que o funcionário
colete o material para várias ordens de uma vez, ao invés de fazer uma
viagem para cada ordem pequena.
O
treinamento da equipe é essencial para que estes processos surtam os efeitos
desejados na operação.
3.
Indicadores
A frase
“você não pode melhorar o que não pode medir” já é conhecida por todos. No
entanto, muitas vezes ainda usados os indicadores incorretos para a operação do
CD. Por exemplo, um CD pode ter como seu indicador principal o “Custo por
Pallet Processado”. Esta é uma boa medida para a alta gerência, mas não é um
bom indicador para os responsáveis pela execução da operação e definição de
processos. Além disso, um fator externo pode tornar este custo mais alto,
enquanto a equipe fez um ótimo trabalho ao minimizar o aumento dos custos.
Os
indicadores da operação devem refletir a verdadeira produtividade da equipe, já
que isto é o que os motivará a obter sempre melhores resultados. Seguindo o
mesmo exemplo, seria importante incluir também um indicador de pallets
processados por funcionário. Deve-se sempre procurar um equilíbrio entre
indicadores de alto nível (normalmente financeiros) e indicadores que podem ser
entendidos pelos funcionários e servir como referência para as ações de
melhoria.
Também é
importante definir metas para cada indicador, procurando um aumento constante
da produtividade, mas sempre realista. Não adianta definir metas excessivamente
ambiciosas, que não serão atingidas e somente causarão frustração na equipe.
Fonte:
http://ogerente.com/logisticando/2006/11/20/melhoria-de-processos-em-centros-de-distribuicao/
http://ogerente.com/logisticando/2006/11/20/melhoria-de-processos-em-centros-de-distribuicao/
Grupo Laranja
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