Segundo o dicionário, Granel é o adjetivo que se dá a carga que não é ensacada, nem encaixotada. Ou seja, a carga que está solta, em montão desordenado. Por exemplo, feijão exposto em uma caixa, no velho armazém, sendo retirado com uma caneca e despejado num saco sobre a balança, até completar o peso que o cliente deseja.
Em transportes, "granel" é usado para indicar muito mais coisas, sempre com o mesmo sentido: — Você "despeja dentro" do vagão; transporta; e depois o vagão "despeja" em outro lugar.
Fala-se em:
“Granéis sólidos" são tanto feijão, soja, trigo, milho etc. (grãos de verdade); como também cimento, areia, minério, carvão, bagaço moído, fertilizantes, e tudo que "escorre", quase como se fosse líquido.
"Granéis líquidos", são petróleo, gasolina, óleo de soja, água etc., desde que sem nenhuma "embalagem".
Líquido |
Sólido
O produto deixa de ser granel, quando você os coloca em alguma embalagem. Por exemplo: um saco de cimento, não é 'granel'.
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Na maioria das vezes o material Granel é movimentado e armazenado em contentores, já que não são embalados.
Alguns tipos de contentores para o transporte e armazenamento a Granel:
Modelo feito de plástico, com capacidade de 1000 kg e aguenta até 10 empilhamentos.
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Constituído de material dobrável, flexível, é destinado ao transporte de grãos ou pó
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Para transportar produtos a granel os meios não precisam ter nenhum formato específico. O que realmente importa, é que permitam ‘despejar’ a carga.
Exemplos de Meio de Transporte a Granel:
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Transporte Líquido
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Transporte Sólido
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Graneleiro
Às vezes, o adjetivo "graneleiro" parece ser aplicado somente a veículos que transportam grãos para alimentação humana ou animal.
Outras vezes, vê-se aplicado também a vagões que transportam produtos tóxicos. O catálogo Frateschi de 1981 descrevia o modelo ref. 2008 como "vagão graneleiro para transporte de adubo químico".
Box graneleiro
Para transportar "granéis", o vagão não precisa ter nenhum formato especial. Pode ser redondo, quadrado, triangular. O que importa, é ser construído de tal modo, que permita "despejar" sua carga.
Alguns vagões fechados, o tradicional vagão "box" (que significa "caixa") — só podem transportar milho ensacado, ou sacos de cimento, ou sacos de adubo, e assim por diante.
Vagão fechado graneleiro típico, com escotilha no teto para receber a carga, e bocas laterais para descarga pelo piso. Em outros protótipos, as bocas são alinhadas pelo centro.
Outros, podem fazer isso — e também podem transportar "granéis".
São os vagões box com escotilhas no teto, por onde o "granel" é despejado para dentro.
Um sistema típico para isso, é a "moega", um silo suspenso, com fundo em "funil", de onde sai um "cano" flexível. O "cano" é inserido na escotilha do teto do vagão, e abre-se a "torneira" — ou seja, a moega.
À medida que o trem avança o espaço de um vagão, abre-se a escotilha no teto e faz-se a carga, por gravidade, até a altura adequada. Foto: Fepasa
gostei muito bom bem explicado
ResponderExcluirboa gostei
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