Fonte: Revista Mundo Logística - Ed. 18 |
Na busca por soluções em
segurança ao transporte de cargas no Brasil, devemos atentar aos aspectos
culturais do setor e, principalmente, às necessidades distintas de cada
segmento.
Diferentemente do Brasil,
os demais países do mundo não registram altíssimos índices de criminalidade
gerando enormes perdas com roubos de cargas, fazendo com que se canalizem todas
as atenções do mercado para a proteção ao roubo.
Segundo o vice presidente
de relações institucionais da Gristec, o engenheiro industrial Mário Roberto
Vassallo, a maioria dos empresários do setor tem uma visão absolutamente
equivocada ao entender que o principal ofensor à segurança do material
transportado é o furto/roubo. Os acidentes nas estradas e rodovias correspondem
a mais de 80% do prejuízo com perdas em transportes e precisam ser tratados com
mais atenção tanto pelas autoridades que se mostram impotentes na sua
repressão, como também pelo empresariado que parece ainda não ter percebido a
magnitude do problema.
Para agirmos na redução de
acidentes é preciso trabalhar de forma adequada, atuando no controle dos
números de horas de trabalho contínuo dos motoristas. Outro fator é o excesso
de cargas, que geralmente ultrapassa os limites de peso dos veículos ocasionado
degradação das estradas. Em países de 1º mundo há grande procura por tecnologia
no rastreamento de carga, o que ainda não ocorre no Brasil. O brasileiro não
está disposto a pagar o preço justo pelas atividades de monitoramento e
rastreamento de veículos, assim como o gerenciamento de riscos. Essa prática
ainda é muito jovem em nosso país.
Também é importante
ressaltar que só haverá eficácia em todo este processo quando houver boas
soluções, tanto do ponto de vista de concepção, quanto de implementação dessas
ideias. Para que isto ocorra é necessário atrair profissionais de primeira
linha para o setor, o que demanda remuneração competitiva com os demais
segmentos da economia.
Trabalhar de forma
adequada e reduzir expressivamente os índices de sinistralidade proporciona uma
grande fonte de recursos, já que hoje são subtraídos do setor algo em torno de
10 bilhões de reais por ano. O crescimento deste mercado só virá quando o
empresariado brasileiro compreender e souber calcular que a cada real gasto com
o serviço de qualidade na proteção da carga, R$ 7 devem retornar ao seu
bolso.
Com um futuro bastante
otimista e a conscientização a caminho, o setor de monitoramento e rastreamento
ocupará uma posição de destaque na economia brasileira.
Fonte: Revista Mundo Logística - edição 18 – Setembro/2010.
Baseado no texto de Mario Roberto Vassallo (2010)
Grupo Branco
Olá pessoal!
ResponderExcluirEstou acompanhando o blog e ele está muito bom. Parabéns pelo trabalho. Vou postar um texto para vocês.
Bom fds.
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